O livro reúne algumas palestras do primeiro seminário sobre literatura para Crianças e Jovens que ocorreu no 11º COLE ( Congresso de leitura) em 1997 na cidade de Campinas.
Para mim o ponto mais interessante do livro foi a descoberta da riqueza e da importância dos textos de Monteiro Lobato, para a Literatura brasileira e para mim como educadora, pois ainda não tinha conhecimento de todas essas nuances em seus livros.
A publicação inicia-se com a palestra de Laura Sandroni com o tema “De Lobato á década de 70”. Sandroni começa por dar um panorama da literatura infantil desde o Brasil Colônia, época em que todas as publicações destinadas a esse publico era importada de Portugal, não haviam editoras e autores brasileiros eram impressos na Europa. No inicio do século XX este panorama começa a se modificar.
Em seguida a palestrante discorre sobre a obra de Monteiro Lobato, que foi responsável pela guinada neste cenário, inaugurando a fase literária de produção brasileira destinada a crianças e jovens. Segundo ela o autor vislumbra nas crianças a possibilidade de mudança do mundo e passa a tratar em suas historias temas que antes eram considerados do mundo adulto como política e guerras, dando ao leitor a possibilidade de adquirir conhecimentos e de se posicionar criticamente além de acreditar na democracia. O sitio do pica-pau amarelo é uma projeção desta crença, onde cada personagem pode dar sua opinião e as decisões são tomadas por voto. A linguagem também é inovadora, os livros de Monteiro Lobato possuem a escrita coloquial e buscam aproximar-se da fala do brasileiro e da oralidade. O escritor também foi o primeiro a trazer o folclore nacional como tema.
Segundo Laura o autor também foi o primeiro a acreditar na inteligência da criança em seguida ela vai discorrer sobre os anos 70, que é marcado por mais mudanças na literatura infanto-juvenil; com o surgimento de novos autores para atender a demanda provocada pela reforma de ensino que obriga a adoção de autores brasileiros nas escolas de primeiro grau. A ampliação do mercado faz com que aumente a qualidade gráfica do livro e suas ilustrações. A palestrante enfatiza ao final que o crescimento do numero de leitores é resultado natural da iniciativa dos percussores deste segmento e do aumento do poder aquisitivo da população brasileira.
Maria Antonieta Antunes cunha é responsável pelo segundo texto do livro e vai fazer o balanço dos anos 60 e 70, relembrando também Monteiro como grande inovador, e explicitando novamente a contribuição do mercado para os desdobramentos, nem sempre para melhor, no desenvolvimento destas produções literárias.
Os anos 80 são abordados por Maria da Glória Bordini, a época é uma fase de reflexão da importância da literatura infantil e juvenil que começa a apontar tendências caracterizando-se como produção cultural em construção. Também embalados pelo fenômeno de produção em massa as editoras privilegiam os livros infantis, encontrando-se pouca diversidade de exemplares destinados aos jovens com exceção da “série vaga-lume” de grande sucesso.
A quinta a palestrante Nilma Gonçalves Lacerda traz a conclusão de que o jovem brasileiro tem a possibilidade de usufruir da biblioteca como espaço social. Os livros em 1990 segundo ela caminham para independência e adequação a realidade brasileira.
Os cem anos de poesia na escola brasileira é o tema de Graça Padilha, que ironiza o fato de no nosso século as leituras que se fazem sob este espaço institucional, sempre elegerem as vanguardas como superiores esteticamente, não entendendo as propostas pré-modernistas por sua vez, como tentativa de popularização da leitura. O autor indica também que não é tão evidente a separação do gosto das crianças e dos adultos há 100 anos atrás.
Elizabeth D Ângelo Serra faz novamente uma reflexão geral sobre o tema e sua a problematização trazendo para o âmbito dos educadores(pais e professores) a discussão e demonstrando estatísticas e cruzando informações de 1992 a 1996.
Por fim Ricardo Azevedo escritor e desenhista vai falar de suas experiências com relação ao texto e a imagem, e as linguagens que são desenvolvidas dentro do livro, observando também a necessidade de distinguir o livro de literatura do livro didático como excelente começo para se pensar as ilustrações.
Fernanda Sousa Alves RA:070861
Gabriel Pereira Pinheiro RA: 070962
Para mim o ponto mais interessante do livro foi a descoberta da riqueza e da importância dos textos de Monteiro Lobato, para a Literatura brasileira e para mim como educadora, pois ainda não tinha conhecimento de todas essas nuances em seus livros.
A publicação inicia-se com a palestra de Laura Sandroni com o tema “De Lobato á década de 70”. Sandroni começa por dar um panorama da literatura infantil desde o Brasil Colônia, época em que todas as publicações destinadas a esse publico era importada de Portugal, não haviam editoras e autores brasileiros eram impressos na Europa. No inicio do século XX este panorama começa a se modificar.
Em seguida a palestrante discorre sobre a obra de Monteiro Lobato, que foi responsável pela guinada neste cenário, inaugurando a fase literária de produção brasileira destinada a crianças e jovens. Segundo ela o autor vislumbra nas crianças a possibilidade de mudança do mundo e passa a tratar em suas historias temas que antes eram considerados do mundo adulto como política e guerras, dando ao leitor a possibilidade de adquirir conhecimentos e de se posicionar criticamente além de acreditar na democracia. O sitio do pica-pau amarelo é uma projeção desta crença, onde cada personagem pode dar sua opinião e as decisões são tomadas por voto. A linguagem também é inovadora, os livros de Monteiro Lobato possuem a escrita coloquial e buscam aproximar-se da fala do brasileiro e da oralidade. O escritor também foi o primeiro a trazer o folclore nacional como tema.
Segundo Laura o autor também foi o primeiro a acreditar na inteligência da criança em seguida ela vai discorrer sobre os anos 70, que é marcado por mais mudanças na literatura infanto-juvenil; com o surgimento de novos autores para atender a demanda provocada pela reforma de ensino que obriga a adoção de autores brasileiros nas escolas de primeiro grau. A ampliação do mercado faz com que aumente a qualidade gráfica do livro e suas ilustrações. A palestrante enfatiza ao final que o crescimento do numero de leitores é resultado natural da iniciativa dos percussores deste segmento e do aumento do poder aquisitivo da população brasileira.
Maria Antonieta Antunes cunha é responsável pelo segundo texto do livro e vai fazer o balanço dos anos 60 e 70, relembrando também Monteiro como grande inovador, e explicitando novamente a contribuição do mercado para os desdobramentos, nem sempre para melhor, no desenvolvimento destas produções literárias.
Os anos 80 são abordados por Maria da Glória Bordini, a época é uma fase de reflexão da importância da literatura infantil e juvenil que começa a apontar tendências caracterizando-se como produção cultural em construção. Também embalados pelo fenômeno de produção em massa as editoras privilegiam os livros infantis, encontrando-se pouca diversidade de exemplares destinados aos jovens com exceção da “série vaga-lume” de grande sucesso.
A quinta a palestrante Nilma Gonçalves Lacerda traz a conclusão de que o jovem brasileiro tem a possibilidade de usufruir da biblioteca como espaço social. Os livros em 1990 segundo ela caminham para independência e adequação a realidade brasileira.
Os cem anos de poesia na escola brasileira é o tema de Graça Padilha, que ironiza o fato de no nosso século as leituras que se fazem sob este espaço institucional, sempre elegerem as vanguardas como superiores esteticamente, não entendendo as propostas pré-modernistas por sua vez, como tentativa de popularização da leitura. O autor indica também que não é tão evidente a separação do gosto das crianças e dos adultos há 100 anos atrás.
Elizabeth D Ângelo Serra faz novamente uma reflexão geral sobre o tema e sua a problematização trazendo para o âmbito dos educadores(pais e professores) a discussão e demonstrando estatísticas e cruzando informações de 1992 a 1996.
Por fim Ricardo Azevedo escritor e desenhista vai falar de suas experiências com relação ao texto e a imagem, e as linguagens que são desenvolvidas dentro do livro, observando também a necessidade de distinguir o livro de literatura do livro didático como excelente começo para se pensar as ilustrações.
Fernanda Sousa Alves RA:070861
Gabriel Pereira Pinheiro RA: 070962
gostei muito do blog, vou recomendar para os meus alunos da escola particular zona norte, parabéns pelo conteúdo do post, adorei as dicas
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