segunda-feira, 6 de julho de 2009

“Alice que não foi ao país das maravilhas”. Marly Amarilha.

O tema que é desenvolvido neste livro é a respeito da leitura dentro da sala de aula, quais estilos de textos têm sido trabalhados, e quais poderiam ser abordados na formação dos nossos alunos.
Um ponto colocado é que muitas vezes os docentes não expandem a possibilidade de utilizarem diferentes gêneros literários na sala de aula, um que é citado pela autora e que poderia ser explorado nas escolas é o conto detetive, que possui uma articulação peculiar, e que prende a atenção dos alunos.

O mais interessante deste livro é que a autora coloca como funciona a aceitação do conteúdo dos textos pelos alunos, assim ela trabalha com a relação que é desenvolvida entre autor, o texto e o leitor, e como as vivências e as experiências de vida influenciam nas impressões que serão dadas ao livro. Aqui Amarilha enfatiza a presença da natureza comunicativa presente na literatura. Natureza esta que Alice (nome dado a uma das alunas entrevistadas na pesquisa feita pela autora) não conseguia experimentar ao ler literatura, fato que deu o nome a este livro.
E através de uma pesquisa realizada com alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental, ela descreve quais são as preferências literárias em cada idade, e o porquê esta se modifica com o passar do tempo. Desta forma é trabalhado com os dois modos de identificação que a criança utiliza que é espelhamento, isto é gosto do que é igual a mim e a alteridade, que é gosto do que é diferente de mim.

Dentro da pesquisa que foi realizada percebeu-se que os alunos das primeiras séries utilizam a alteridade para a escolha do estilo literário, neste caso o mais escolhido foi o conto de fadas, que conforme os alunos vão crescendo vão deixando de preferir esse estilo.
A respeito dos contos de fadas a autora coloca a necessidade destes serem trabalhados de forma a problematizar a realidade, sem deixar de lado os pontos positivos deste estilo, que é o fascínio, o fantástico e o fausto e à nobilidade.

Outro ponto super interessante que é abordado pela autora é a importância de se trabalhar com os quadrinhos e a charge, entretanto o docente tem que ser criterioso na escolha, já que a autora coloca que algumas charges acabam desestimulando o ato da leitura. Grande parte das crianças tem substituído os contos de fadas pelas histórias em quadrinhos. Por isso a autora fala da grande importância de trabalhá-los em sala de aula.

Em relação a este livro nós achamos muito bem escrito e com uma linguagem acessível, e aborda questões relevantes para o desenvolvimento do trabalho de um docente, já que é muito importante compreender o funcionamento da leitura e como esta pode ser mais estimulada.



Helena Akemi Motoki Tanikawa – RA: 071122
Suellen Silva Oliveira – RA: 073726

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