terça-feira, 7 de julho de 2009

Formando Crianças Leitoras - JOLIBERT, Josette (org.)


Dividido em duas partes, cuja versão original é baseada no sistema educacional Francês, o livro encontra-se no idioma de origem.

Parte 1 – Formando crianças leitoras
A primeira parte é dividida em nove capítulos, onde são discutidas formas de amplas inserções da criança no mundo da leitura. São trabalhadas idéias relativas às atitudes do professor que podem despertar o interesse da criança pela leitura, bem como ajudá-la a desenvolver essa prática.

Capítulo 1- Nossas orientações de trabalho
· Crianças ativas num meio em que elas gerenciam.
· Aprendizado e ensino – discute-se a passividade da criança na escola, ou seja, o quanto lhe é ensinado pelo professor e o pouco que ela aprende “por si só”.
· Ensinar não é inculcar, mas ajudar alguém no seu próprio processo de aprendizagem.
· Ler é atribuir diretamente um sentido a algo escrito – não passar pelos estágios da decifração (letra por letra) e nem da oralização (grupo respiratório por grupo respiratório).
· Diferentes estratégias de leitura (para cada coisa que se vai ler, usa-se um método diferente de leitura).
Nas páginas finais deste capítulo são propostas algumas atividades para que o professor se avalie como leitor.

Capítulo 2 – Vida cooperativa e pedagogia de projetos
· Aula cooperativa – interação máxima professor/aluno.
· Pedagogia de projetos – a criança é agente de seu aprendizado.
· Elaboração de projetos de ensino junto aos alunos.

Capítulo 3 – Quais as situações de leitura? Quais os textos? Quais as formas de escritos?
· Não há o momento de leitura na classe; lê-se o tempo todo.
· Não se lê para aprender a ler, mas sim por interesse imediato (interesse por algum assunto).
· Leitura usada no dia-a-dia – diversos tipos de textos e diversos modos de ler.

Capítulo 4 – O que é “questionar” um texto para construir seu sentido (ao invés de “decifrá-lo”)
· Construção de um sentido para o texto ao invés de sua mera decifração.
· A criança começa a ler sozinha. Deve-se utilizar e desenvolver as competências que ela constrói sozinha, e não contrariar.
· Procurar textos que sejam atraentes para as crianças (publicitários, temas relativos a certa idade, histórias em quadrinhos).
· A criança investiga o texto antes de ler (de onde ele veio, quem o trouxe, etc.).

Capítulo 5 – Os apoios à leitura e as atividades de sistematização
· Não se ensina a criança a ler; ela se ensina:
Apoio na compreensão imediata, na elucidação de estratégias e na elaboração e utilização de instrumentos de referencia.

Capítulo 6 – Livros: multiplicar e diversificar os encontros
· O canto da leitura (uma mini biblioteca dentro da sala de aula).
· Apropriação do livro e do canto da leitura.
· Bibliotecas.
· Exposição/vendas de livros.
· Ateliês de leitura.

Capítulo 7 – Produção de escritos
· Estímulo à produção da escrita:
o Escrever para comunicar.
o Histórias ou poemas inventados.

Capítulo 8 – Avaliação: quais as competências construídas pelas crianças?
· Avaliação contínua.
· O aprendizado da leitura é um processo, e tem de ser avaliado como tal.
· Observações nas avaliações: localização de indícios e verificação de hipóteses.

Capítulo 9 – Os pais e o aprendizado da leitura de seus filhos
· Métodos antigos x modernos.
· Pais compreensivos, parceiros e informados.
· Cobrança de uma leitura precoce.

Parte 2 – Formando crianças leitoras de textos
Esta parte é divida em seis capítulos, assim como a primeira parte, ela discute a inserção das crianças na compreensão de textos, no entendimento de sua forma estrutural e na compreensão da elaboração de textos. Também são discutidas as atitudes do professor no processo de aplicação das atividades, bem como a avaliação destas, e o papel desenvolvido pelos demais órgãos e pessoas presentes no processo de aprendizagem da criança.

Capítulo 10 – Competências construídas no Ciclo de Aprendizagens Fundamentais
· Competências Culturais:
o Conhecer os locais onde se possa encontrar material de leitura de determinada origem, como documentos oficiais, por exemplo.
o Identificar, através da estrutura do texto, sua origem, por exemplo, a forma em que se apresenta manuscrita ou impressa.
· Competências mentais:
o Construção através da inteligência, por exemplo, comparar, reproduzir, entre outros.
Competências lingüísticas, sendo estas, as mais trabalhadas nos próximos capítulos, e que se encontra em sete parâmetros ou níveis:
o Noções de contexto, como chegou o texto até o leitor, a origem do texto e a autoria do texto.
o Parâmetros de comunicação, o emissor, o destinatário, o objetivo do texto.
o Tipo de texto, podendo ser um cartaz, uma carta, uma receita, entre outros.
o Superestrutura que se manifesta sob a forma de organização espacial e lógica do texto.
o Linguística textual dos enunciados (como por exemplo, pessoas, tempos, lugares) e suas marcas, dos substitutos (como por exemplo, primeiro Pedro, depois ele), dos conectores (como por exemplo, e, assim), dos campos semânticos (as redes de sentido), e da pontuação do texto.
o Linguística da frase como a sintaxe, a ortografia, a pontuação da frase e ao vocabulário.
o Palavras e microestruturas como o grafemas, as microestruturas sintáxicas, as marcas nominais (como por exemplo, singular e plural), as marcas verbais (como por exemplo, espaço e tempo) e as microestruturas semânticas (como por exemplo, prefixos e sufixos).
Sendo papel do professor “... interagir indícios nesses sete níveis.” (p. 143).

Capítulo 11 – Um processo sistematizado de “questionamento de textos”
Neste capitulo há uma orientação ao professor de como incitar os alunos a questionar os textos seguindo os setes parâmetros sem uma ficha ou ordem.
· Indica a leitura repetitiva do texto para sua compreensão.
· O professor deve instruir os alunos a interpretar o texto de maneira autônoma.
· Um trabalho de interpretação em grupo.

Capítulo 12 – Indícios linguísticos típicos de alguns tipos de textos
Neste capítulo há uma indicação ao professor, com exemplos de tipos de textos (receita, carta, cartaz e relato) e o que deve ser avaliados nestes, com base nos sete parâmetros citados no capítulo 10, sendo aplicado para toda a sala em conjunto ou em grupos. Tendo como processo final a indicação que a criança elabore um texto nos mesmos parâmetros.
Seguem-se abaixo alguns exemplos do que avaliar em determinados textos:
· Uma receita, sendo avaliado, por exemplo, o objetivo, uma meta, os tempos verbais, as estruturas de frase, o vocabulário, os verbos e advérbios encontrados.
· Uma carta: o remetente, sendo avaliado, por exemplo, o destinatário, o contexto, a superestrutura ou a silhueta do texto, a linguística textual e da frase.

Capítulo 13 – Inventário classificado de atividades de exercício e reforço
Neste capítulo há uma indicação ao professor, com exemplos de tipos exercício de reforço e o que deve ser avaliados nestes, com base nos sete parâmetros citados no capítulo 10, como por exemplo:
· Encontrar erros ortográficos, verbais, nominais, semânticos e de pontuação.
· Nomear o tipo de texto, como por exemplo, carta ou cartaz.

Capítulo 14 – No final do Ciclo, para ser um bom leitor, uma criança deve ser capaz de...
Neste capítulo o professor deve aplicar novamente as indicações do capitulo 12, mas desta vez individualmente a cada aluno.

Capítulo 15 – Quais as modalidades de avaliação das competências do leitor? Propostas
· Cada criança deve se auto-avaliar relacionando seu desempenho com o de seus colegas e ao que ainda deve ser aprendido nos processos de aprendizagem sucessor.
· O professor também deve auto-avaliar seu (des)empenho junto e em relação aos alunos, nesse processo.
· Os pais devem avaliar como ajudaram ou não o processo da criança na aquisição da leitura e produção textual.
· Avaliar o auxílio vindo do bairro, município e ministério e secretarias da educação.

Marília Bossolan RA: 071804
Lais Fernanda Jaciani RA: 073307

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